sábado, 28 de agosto de 2010

Seguindo sempre em frente

Abertura do Seminário Pensar e Agir com a Cultura fez um balanço dos avanços do programa para a formação de gestores culturais

Pâmilla Vilas Boas, da equipe de Comunicação Colaborativa

Parar. Pensar. Agir. Continuar. Verbos de ação e reflexão foram mais do que recursos discursivos na abertura do V Seminário Pensar e Agir com a Cultura, que aconteceu ontem (27), às 19h30, no Palácio das Artes. Políticas Públicas para a Cultura: avanços e desafios no Brasil e em Minas Gerais. Esses verbos se traduziram sim em demandas para o efetivo desenvolvimento da gestão cultural no Brasil.


Refletir
O coordenador do programa Pensar e Agir com a Cultura, José Márcio Barros, iniciou o seminário chamando a atenção para a necessidade de olhar esses oito anos de existência do curso para avaliar os avanços e retrocessos. Além do curso já ter sido realizado em 31 cidades de Minas Gerais e de ter formado mais de três mil gestores culturais, salta aos olhos o modelo de parceria que foi constituído ao longo dos anos. José Márcio enfatiza o processo de “casamento” com a Fundação Clóvis Salgado que integrou o curso na grade de atividades da Fundação. Além disso, ele destaca a relação com a empresa ArcelorMittal que tem participado dessa formação de gestores muito mais do que um simples patrocinador, participando de todas as ações e diretrizes propostas para o programa.


Construir
“A gente produz aço, mas aqui estamos fazendo algo muito mais importante: a transformação social pela cultura” ressaltou o gerente de arte e cultura da fundação ArcelorMittal, Marcelo Santos. Se o aço é a base para o setor industrial, construtivo, automotivo, a cultura é a base para a construção dos processos simbólicos que diz da forma do humano se relacionar em sociedade. Tentando fugir das anedotas e sem maiores comparações com o setor mineral, a empresa parece realmente tentar novas formas de financiar a cultura, participando ativamente dessa construção que deve ser coletiva. É por isso que, de acordo com Marcelo, a empresa vem apostando em cursos de formação, conscientizando a empresa de que política cultural não se deve restringir ao marketing.



Continuar
O representante da secretaria de cultura de Teófilo Otoni parece satisfeito com os frutos da realização do curso Pensar e Agir para o desenvolvimento da cultura na cidade. Para ele, o curso foi a oportunidade de realização de uma capacitação que sempre foi desejada pela prefeitura. “Quando levaram a proposta, não tínhamos dúvidas de que era isso que queríamos”, comenta.


Vencer
Criar um pacto social em torno da cultura. Para o representante da fundação de arte e cultura de João Molevad, Luciano Magela, essa seria a forma para vencer a barreira de um país que tem outras prioridades além do setor cultural. É a pressão social que pode colocar a cada dia mais a cultura na pauta de prioridades do governo brasileiro.

2 comentários:

Leandro Lopes disse...

Parabéns Pâmilla pelo texto! Vamos que vamos!

Anônimo disse...

Olá Thiago!
Gostei muito do texto. Foi um final de semana incrível (seminário, a cidade) e que já estou com saudades. Espero que em breve tenhamos outro. Parabéns. Bjão
Andressa