sábado, 28 de agosto de 2010

O público disse...

Renata Lopes, da equipe de Comunicação Colaborativa

Ontem teve início o V Seminário Pensar e Agir com a Cultura – Políticas Públicas para a Cultura: avanços e desafios no Brasil e em Minas Gerais, na sala Juvenal Dias no Palácio das Artes, Belo Horizonte. A mesa do primeiro dia foi composta por Isaura Botelho, consultora em Políticas Públicas Culturais, e Chico Pelúcio, Diretor Geral do Galpão Cine Horto, com o tema: “Políticas Públicas de Cultura: Avanços e Retrocessos” e mediação de José Oliveira Júnior.

Isaura Botelho traçou um panorama da última década da relação entre os governos federais e o Ministério da Cultura. Desde os argumentos utilizados pelo governo FHC, o esvaziamento político e quase extinção do MinC, a retomada do cinema brasileiro. Abordou ainda a maneira como o ministro Gilberto Gil fez uso do capital simbólico que carrega para expandir a questão da cultura para além da Esplanada dos Ministérios. Com a passagem de Gil pelo MinC, a cultura passa a ser vista pelo ângulo antropológico e muitas frentes foram abertas.

Chico Pelúcio fez um balanço dos aspectos positivos e negativos que percebe nessa última década. Destacou, entre outras coisas, como positivo: a organização da sociedade civil, a ampliação das discussões sobre cultura por todo o Brasil, o aumento do orçamento para a cultura e a extrapolação do eixo Rio-SP. Como pontos negativos foram destacados: a falta de profissionalização do MinC, o pouco diálogo entre cultura e educação, a inoperância, a falta de dados estatísticos consistentes para a cultura e a inexistência de um conselho estadual em Minas Gerais.

Para o público presente o debate foi de extrema importância pois tratou de questões urgentes e pontuais.

Confira a opinião de algumas pessoas que estiveram presentes

Lidiane Oliveira (Itaúna)
É importante esta discussão sobre os conselhos de cultura, tanto municipais quanto estaduais.

Fabrício Chaves (Teófilo Otoni)
Foi muito elucidativo para várias questões dentro da cultura. Vemos uma ausência de diálogo e a realização deste Seminário nos dá esta oportunidade de diálogo. É bom ouvir gestores experientes, que trabalham há mais de 20 anos com cultura e esse encontro com novos gestores.

Angélica Pereira (Ouro Preto)

A fala da Isaura foi muito elucidativa, ela fez um apanhado muito bom dos governos FHC e Lula com relação ao MinC.

Marlene Rodrigues (Teófilo Otoni)
Foi uma ótima oportunidade de tirar dúvidas quanto à algumas questões que às vezes não temos oportunidade durante o curso, pois é muito corrido. Então, aqui no Seminário podemos tratar dessas questões pontuais. Outro ponto positivo é a integração dos grupos.

Lívia Maia (Juiz de Fora)
Muito oportuno esta avaliação dos anos de governo, de como foi a política cultural no país. É uma reflexão fundamental ainda mais neste ano de eleição.

Viviane Velano (Belo Horizonte)

A avaliação por profissionais com tanta experiência na área cultural, dos pontos positivos e negativos da política pública para a cultura no Brasil nestes últimos tempos vem ratificar o que já é sabido por nós.

Carlos Farias (Almenara)
Por enquanto ainda estamos num mato sem cachorro na área da cultura.

Rodolfo Fonseca (Belo Horizonte)
O debate e a polêmica em torno da cultura foi muito bom. A comparação entre governos, entre as diferentes gestões do MinC e as políticas de governo são fundamentais para amadurecer as questões relativas à política pública para a cultura.

3 comentários:

Daiverson Machado disse...

Acabo de chegar em Juiz de Fora, chegamos todos bem, trouxe uma bagagem lotada de idéias e muita vontade de fazer... este seminário vai render bons frutos e fico imensamente feliz de estar participando disso tudo.

Leandro Lopes disse...

Isso aí Daiverson! Dois dias que valeram mais que 48 horas. Vamos que vamos. Tudo só está começando!

Leandro Lopes disse...

Parabéns Renata pelo texto!