segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Na pauta: o Eixo Difusão

Priscila Paiva, da equipe de comunicação colaborativa

Depois de uma manhã recheada de importantes debates, a tarde de sábado do V Seminário de Diversidade Cultural foi dedicada à discussão dos projetos desenvolvidos durante o curso de Desenvolvimento e Gestão Cultural. Os alunos de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Teófilo Otoni, Itaúna e João Monlevade se reuniram para conversar sobre os projetos e identificar suas dificuldades, potencialidades e possíveis trocas e parcerias. Para isso os temas foram divididos em três eixos: Articulação, Formação e Difusão.

O eixo Difusão foi re-dividido em três subgrupos devido ao seu grande número de componentes. A mediação foi feita pela professora Priscilla D’Agostini e pelo jornalista do Observatório da Diversidade Cultural, Leandro Lopes.

As discussões foram bem interessantes e foi possível identificar semelhanças e pensar parcerias entre os projetos. Em um dos subgrupos discutiu-se a necessidade de trabalhar com jovens em idade escolar e que, assim como Isaura Botelho (Consultora em Políticas Públicas Culturais) colocou durante os debates em mesa, essa é a idade ideal para se trabalhar a formação de público.

Como identificação de semelhanças, os alunos perceberam que todos os projetos apresentavam a necessidade de se conhecer profundamente a comunidade e sua realidade. Mas Virgínia Strack, de Juíz de Fora, levantou também a importância de um “olhar estrangeiro” sobre a comunidade. Esse “outro olhar” pode identificar potencialidades e gerar novos questionamentos. Já Sinara Teles, de Belo Horizonte, falou sobre a necessidade de motivar essas comunidades a olharem também para outros lugares, buscarem por novas janelas. “Se em outros lugares tal ação ou projeto está acontecendo e funcionando, por que aqui não?”.

Foi debatida ainda a necessidade de se pesquisar e trabalhar a memória local. Para fechar a discussão, Aline Cântia de Belo Horizonte contou a seguinte história:

“Um Pesquisador foi a uma comunidade indígena e perguntou a um jovem nativo:

- Porque você ainda se senta para ouvir o Chefe da aldeia? Não acha que a televisão tem muito mais informação, mais histórias para lhe oferecer?”

E o indígena respondeu:

- Sim. Mas o chefe da tribo me conhece.”

2 comentários:

Unknown disse...

As discissões levantadas parecem ter sido bastante interessantes e a história de encerramento é de grande sensibilidade! Parabéns!

flegler disse...

Fico com medo de mim mesmo por de pensar nessas ideias de uma forma comercial e achar paralelos.
Bom demais saber o que você anda fazendo, e fazendo bem feito. Parabéns!